terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Modelo DuPont numa planilha Excel.

Recentemente achei um pequeno artigo do Lauro Jorge Prado no LinkedIn Pulse (https://www.linkedin.com/pulse/modelo-dupont-em-planilha-excel-lauro-jorge-prado) sobre o modelo DuPont numa planilha Excel.
Chamou a minha atenção pois estava trabalhando também sobre KPIs e sua visualização no Excel.

Gostei da ideia de usar cores para visualizar a origem dos dados e a sinalização de mostrar o caminho do cálculo. Na minha opinião mesmo usando estes recursos ainda fica difícil para o leitor ver a real grandeza dos números e fazer as comparações. Um modelo DuPont com o uso de gráficos de barras para a comparação do valor atual com aquele do ano anterior e a disponibilização dos valores de origem talvez ajuda melhor ainda na legibilidade da visualização destes dados. Obrigado Lauro pela iniciativa.






quinta-feira, 24 de novembro de 2016

KPI charts no padrão IBCS

Na contribuição anterior mostramos alguns exemplos de KPI charts selecionados pelo Chandoo.
Hoje queremos mostrar alguns exemplos de KPI charts de dados financeiros aplicando o formato IBCS. Como se trata somente de dados atuais e do período anterior todos os indicadores podem ser apresentados em forma de barras com os dados básicos no lado esquerdo e os indicadores resultantes na direita.


Os charts básicos


.... com a composição do indicador...


... e destacando os componentes.


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

KPI Charts & Dashboards

Num dos mais completos sites sobre Excel, no site do Chandoo (chandoo.org) achei algum tempo atras uma interessante contribuição sobre a visualização de Key Performance Indicators (KPI) em dashboards.



Formam selecionados 43 contribuições, que podem ser analisados e baixados no seguinte link (http://chandoo.org/wp/2015/11/23/kpi-charts-dashbaords/).


Em seguida mostramos 3 dashboards que receberam um elogio do Chandoo.










segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A very common chart type.... To color or not to color? - II


O Prof. Ricardo Martins fez alguns interessantes comentários sobre o tema:
 
Essa decisão depende de alguns fatores:
 
1. econômico : é preciso imprimir preto e branco, como num jornal?
 
2. semântico : de que maneira fazer P&B auxilia o entendimento? Segundo o livro Interaction of Color, do Josef Albers, não é a cor ou ausência dela que informa e sim a relação entre as cores
 
3. prático : usar poucas cores pode ser mais rápido e ágil. Mas deve se levar em conta o uso que será feito do material. Alguns usos exigem a cor, especialmente em materiais digitais
 
4. estético : antes mesmo de ler a informação, o cérebro já formou uma impressão positiva ou negativa do conteúdo. Isso pode criar uma atitude desfavorável com o material, especialmente se o concorrente usa cor de maneira mais atraente.
 
Contatos
no LinkedIn
no Blog dele





sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Gráficos que atendem

As mensagens chave para os executivos são escondidas em montanhas de dados cada vez mais complexos. A apresentação legível deles requer uma excelente visualização.
Não faz muito tempo, que a visualização de dados não era mais que um bom artifício. Algo para os gestores com um carinho especial por gráficos e dados. Hoje porém, nenhum líder consegue trabalhar sem, pois muitos relacionamentos só podem ser descobertos através de um processamento visual. A força motriz por trás deste desenvolvimento são dados. Decisões de negócios baseiam-se cada vez mais na informação que vem tão rapidamente e em tal maciço volume sobre nós que, sem um certo grau de abstração, por exemplo através da visualização, seriamos incapaz de compreender-la No comércio eletrônico por exemplo após um dia de serviço um gerente de sortimento tem tantos diferentes tipos de cliques com as mais diversas ações associadas a eles na sua base de dados que o volume de dados supera muitas vezes o conteúdo de uma completa enciclopédia britânica. Categorizar , analisar, identificar tendências e anomalias e tomar decisões em cima destas montanhas de dados é quase impossível de realizar sem visualização.
Dados não-estatísticos também devem ser processados visualmente. Sistemas complexos, tais como fluxos de trabalho corporativos ou a maneira como os clientes se movem numa loja, por exemplo podem ser dificilmente entendidos sem visualização, e muito menos pensando em otimização.
Graças à internet e do número crescente de ferramentas de software de baixo custo hoje em dia qualquer um pode criar visualizações - mesmo sem conhecimentos específicos em processamento de dados ou elaboração de gráficos. Em princípio trata-se de uma evolução positiva. Ela tem apenas uma desvantagem: Ela promove a tendência de irrefletidamente criar com apenas alguns cliques diagramas e gráficos, sem ter previamente definido a direção e o objetivo claro da ação. O conveniente e confortável substituí o bom resultado: Os gráficos na maioria são suficientes, na pior das hipóteses, ineficazes. Quem transforma automaticamente as células de uma tabela num gráfico, apenas visualiza uma parte de uma tabela, mas nenhum conceito.
Para os especialistas em apresentação o gráfico reflete uma situação de ação humana, cujo conteúdo podemos transmitir para o público através de mensagens, indicadores, destaques, comentários e muitos outros meios de visualização. Mensagens como "Os nossos resultados financeiros pioraram no terceiro trimestre." não funcionam adequadamente, mas quando a mensagem é: “Nosso melhor cliente deixou de comprar 5 produtos no valor de XY em agosto por falta de ....” chama a atenção de todo mundo.
Se os gestores querem criar melhores gráficos, muitas vezes eles começam a aprender regras a partir de perguntas como: Quando eu uso um gráfico de barras? Quantas e quais cores posso usar no máximo? Onde sai a lenda? Eu tenho que começar meu eixo Y em zero? Uma gramática de visualização é importante e útil e um passo necessário para fazer bons gráficos. Mas sem a clareza sobre o qual mensagem e que impacto o gráfico deveria causar e assim como organizar a informação o objetivo de ajudar na tomada de decisões não será alcançado. Seria como comprar um bilhete e deixar o destino em aberto.




sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Six is more than one – Gráficos múltiplos em apresentações financeiras

Relatórios anuais, documentos CVM / SEC, apresentações corporativas, teleconferências, apresentações de resultados trimestrais, fichas técnicas - no mundo das empresas públicas encontramos uma grande quantidade de produtos de comunicação com a finalidade básica de informar e ajudar a tomada de decisões.
A maioria das publicações é feita de texto, tabelas e estatísticas a fim de cumprir os requisitos formais das autoridades legais e dos acionistas.
Encontramos mais fotos, representações gráficas e tabelas de dados em documentos como os relatórios anuais, resultados de ganhos trimestrais e apresentações corporativas emitidas para investidores e ao público interessado. Como na maior parte todos esses documentos estão disponíveis ao público na parte de relações investidores das homepages das empresas, eles geralmente cobrem períodos de vários anos e assim podem ser facilmente comparados. Em geral é muito interessante ver como as empresas se comportam quando se trata da visualização de informações, especialmente informações financeiras, pois podemos afirmar, que a maioria deles ainda encontra se entre os extremos de "obra de arte" e "concepção técnica pura".
No caso seguinte, queremos mostrar como a informação financeira é visualizada em relatórios de hoje e se ou em que medida satisfazem os requisitos de normas de visualização como por exemplo aquelas da IBCS Association (www.ibcs-a.org).
Entendemos a necessidade de padrões de visualização em apresentações financeiras quando levamos em conta os objetivos básicos de comunicação empresarial - informar, a fim de tomar decisões. É por isso que a transparência, a leitura, compreensão, exatidão e credibilidade são de grande importância nesta área. Estamos convictos de que com a introdução de padrões de notação aumenta a transparência proporcionando compreensão e credibilidade. Quando estabelecemos regras para o projeto conceitual e visual de relatórios e apresentações  tornamo-los mais fáceis de entender através de mensagens claras, estrutura, elementos  gráficos significativos e uma densidade de informação mais elevado por página. E, se seguirmos as normas que apresentamos visualizamos a informação de uma forma completa, correta, confiável e comprovada, aumentando assim a credibilidade.
No seguinte caso em formato "antes e depois" queremos mostrar até que ponto corporações hoje aplicam algum tipo de padrões de notação em suas apresentações financeiras e como um gráfico compatível com as normas IBCS pode parecer.
O exemplo foi feita a partir do "1stQuarter 2016 Results" -Apresentação da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) (CPFL Energia, 1Q16 Resultados - http://cpfl.riweb.com.br/), uma das maiores empresas de propriedade privada do setor energético brasileiro. Uma das razões pela escolha da CPFL foi o bom acesso aos documentos nas relações com os investidores e a quantidade satisfatória de material diferente durante um longo tempo.

Na próxima etapa, analisamos o nosso exemplo, confrontando-o com as regras SUCCESS notadamente SAY, UNIFY, CONDENSE, CHECK, EXPRESS, SIMPLIFY, STRUCTURE (www.hichert.com).





A breve análise do exemplo gráfico resultou em algumas conclusões básicas:


1 Mensagem ausente
Usando uma mensagem que compreende uma frase toda ajuda o leitor a entender mais rapidamente o problema e guiá-lo diretamente para o ponto de interesse.
2 Posicionamento de lendas
Se posicionar a legenda junto ao objeto gráfico proporciona uma melhor orientação para o leitor.
3 Orientação da catarata: Estrutura em função do tempo
Em nosso caso, o gráfico deve ser girado em 90 graus para formar uma catarata estrutural. Elas são organizadas de forma vertical e apenas cataratas apresentando séries temporais são horizontais.
4 Tipo de gráfico
O uso de gráficos de pizza é muito controversa. No nosso caso nós preferimos gráficos de barras, uma vez que facilitam a leitura e ocupam menos espaço.
5 Escalonamento
Um dos aspectos mais importantes da IBCS rege a relação de escala. Se nós não usamos a mesma escala para as mesmas medidas transmitimos uma imagem distorcida das relações reais de dados, tornando-o impossível de compará-los e, assim, nos levar a decisões erradas.
6 Tipo de gráfico
Em relação ao gráfico número 5 entendemos a intenção do designer para mostrar uma certa tendência para duas medidas. Neste caso, sugerimos usar uma representação de linha em vez de colunas para uma melhor leitura.
7 Cenários
Ao trabalhar com períodos de tempo podemos normalmente distinguir a linha do tempo em passado, presente e futuro. Neste caso devemos introduzir este fato também em nosso gráfico com marcadores de cenário.
8 Ruídos
Consideramos como "ruído" elementos desnecessários, como logotipos, formatação de fundo etc. Nós podemos deixá-los fora, como eles não dão qualquer informação útil.
9 Efeitos 3D
Como efeitos 3D não contêm informação adicional útil podemos simplesmente deixá-los fora.
10 Utilização de cores
As regras IBCS sugerem uma utilização racional de cores. Cor, nesse caso, tem um significado e indica, por exemplo, situações especiais. Cenários, onde usamos preto e cinza, ou desvios usando verde e vermelho, círculos de comentário onde usamos formas de azuis ou determinadas colunas onde usamos diferentes tons de cinza estão seguindo um conceito de cor finamente definido com a finalidade de orientar o leitor.

De acordo com nossas conclusões anteriores foi elaborada com a ferramenta Zebra.BI (www.zebra.bi)a seguinte sugestão de um novo exemplo de diferente aparência mas mantendo a mesma informação. Uma atenção especial foi dada aos princípios Top-Ten IBCS (ver www.ibcs-a.org) como 1-Mensagens, 2-Titulos, 3-Tempo & estruture, 4-MECE (Estruturas Mutually Exclusive and Collectively Exhaustive), 5-Gráficos. 6-Rótulos, 7- Cenários, 8-Desvios, 9-Escalonamento e 10-Destaques.

1Q16 Results made with Zebra.BI according to SUCCESS rules

Em comparação com muitos outros exemplos de visualização, podemos ver no nosso caso "antes e depois" no exemplo antes já uma forma promissora de melhor apresentação de dados. Mas de acordo com as regras SUCCESS ainda há espaço para melhorias.
Em um passo futuro, vamos ver como este gráfico básico e compatível com o SUCCESS pode ser desenvolvido gradualmente, acrescentando alguns novos recursos a fim de cumprir ainda melhor as necessidades de informação, como a transparência, legibilidade e alta densidade de informação.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A very common chart type.... To color or not to color?

Some time ago I published a contribution about an original column chart which could be displayed best according to IBCS rules as a bar chart.  IBCS also suggests to follow a color scheme where different tons of grey/black are applied as basic chart colors. In some cases, especially when it comes to corporate presentations and where certain colors are part of corporate design it is useful to apply different color schemes. What do you think?






terça-feira, 14 de junho de 2016

Informação em primeiro lugar


Foi este belo donut ao lado de uma tabela que chamou a minha atenção...

Achei ele numa publicação da Thomson-Reuters sobre a evolução das inovações em industrias chave.





Como é praxe em muitas publicações a principal preocupação é chamar a atenção através dos gráficos e menos a visualização adequada dos conteúdos.

Se fosse assim, o gráfico de coluna de cima viraria um gráfico de barras como em baixo. Pois o caso é uma visualização de estrutura e não de uma série de tempo.


Outro ponto em questão são os eixos cortados. Assim as curvas aparecem muito mais impressionantes, do que são na realidade.

Os "fact sheets" da pesquisa tem o seguinte layout: 3 tabelas e um donut para cada setor industrial.
Infelizmente o donut só pode servir como enfeite, pois vincular o gráfico com os dados da tabela é algo quase impossível.



Quanto tempo o leitor precisa para identificar o melhor e pior colocado nesta tabela?
Não somente pelo uso do tipo de donut para visualizar os dados há também o alinhamento dos números na tabela como grande desconforto na leitura. Alinhados no lado esquerdo dificulta a identificação do tamanho e futura comparação na avaliação dos valores. Além de perda de tempo, o leitor também deve perder vontade em estudar mais profundo os dados.

Algumas sugestões de "graphical tables" seguindo o conceito SUCCESS@IBCS.
Facilidade na leitura e rapidez no entendimento do conteúdo.















E para quem interessar. Nicole Nussbaumer tratou no seu blog "storytelling with data" um caso parecido. connecting-the-dots (http://www.storytellingwithdata.com/blog/2016/1/26/connecting-the-dots)

"True to scale" ou quando 20 mm equivalem 1 bilhão de francos suiços

O conceito IBCS adotado pelo Swiss Post (https://www.post.ch/en/)

A Swiss Post é uma organização que adota já por vários anos o conceito IBCS na elaboração dos seus relatórios anuais.
Alem de aplicar basicamente as normas do “Unify” na escolha de objetos, elementos, cores, formas, legendas etc nos gráficos e tabelas, optaram também por um conceito que eles chamam de “True-to-scale” (ou algo como “verdadeiro no escalonamento”).
Isto significa por exemplo, que em todo o relatório os gráficos tem escala igual. No nosso caso por exemplo, 20 mm equivalem 1 bilhão de francos suíços.
O Financial Report 2015 da Swiss Post também mostra, que é possível através de poucos tipos de gráficos e tabelas desenhar um relatório onde a visualização da informação vem em primeiro lugar e tem como objetivo de facilitar a leitura e o entendimento do conteúdo. A arte aqui consiste na escolha certa das formas e cores e a redução dos objetos de visualização ao necessário. Enfim, adotando o conceito IBCS com seriedade.
  
(https://www.post.ch/en/about-us/company/publications/reporting)


Logo no início do Financial Report avisam sobre a aplicação dos conceitos IBCS.
Podemos observar que a visualização de dados é realizado com poucos tipos de gráficos.

Gráfico de colunas 
Os gráficos seguem padrões em vários aspectos:
Mensagens e títulos
Explicações sobre conteúdo formal
Intervalo de 5 anos (quando for adequado)
- Valor atual diferenciado através de cor dos anos anteriores
- Uso de gráfico de desvio (absoluto ou relativo) (quando for adequado)
Destaques através de sinalizador de diferenças
Largura das colunas segue distinção entre valor ou volume
Anotações se for preciso



Gráfico de coluna com gráfico de desvio absoluto - Valores normalizados

Gráfico de coluna com gráfico de desvio absoluto - Valores normalizados

Gráfico de coluna com gráfico de desvio absoluto - Volumes normalizados

Gráfico de coluna empilhada com resultado - Valores absolutos

Gráfico de coluna empilhada  - Valores normalizados

Gráfico de coluna empilhada com desvios absolutos (ano anterior) - Volumes


Gráfico de coluna empilhada - Volumes


Gráfico de barras
Os gráficos de barras seguem os mesmos princípios básicos dos gráficos de colunas referente à:
Mensagens títulos
Explicações sobre conteúdo formal
Valor atual na mesma cor do atual de colunas
Gráfico de desvio (absoluto ou relativo) (quando for adequado)
Destaques através de sinalizador de diferenças
Largura das colunas segue distinção entre valor ou volume

Anotações se for preciso

Gráfico de barras duplo com desvio relativo


Gráfico de barras combinadas

Gráfico tipo arvore (tree-graph) com desvios embutidos

Gráfico tipo arvore com desvios embutidos. O interessante neste gráfico tipo arvore é que segue também o princípio “true-to-scale” utilizando a forma pouco utilizada de “barras dobradas” para encaixar no espaço da folha e sem precisar “cortar” as barras na visualização do valor correto.


Formas especificas de gráficos
Gráfico de coluna com detalhamento



Gráfico de blocos com desvios



 Gráfico de curva de Gauss



Tabelas
As tabelas, como no caso dos key figures reservam uma coluna para discriminar as unidades do respectivo valor. A organização das colunas de valores segue a sequencia do lado esquerdo à direita como se fosse o eixo-x. No topo também recebe a distinção através de uma barra colorida entre ano anterior e atual.
Quando a tabela é homogênea em termos de unidades, a respectiva coluna é reservada para enumeração das anotações. A organização das linhas segue um conceito de blocos temáticos com espaços maiores entre blocos principais.